The Fall – Ep. 5

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Nada compensa a má atuação do Jamie Dornan e a falta de química com a atriz que interpreta a sua esposa.

É nesse final de temporada que todos os clichês possíveis aparecem, desde um carro pegando fogo enquanto o personagem caminha deixando-o para trás, passando pela infância sem família que gera problemas na vida adulta, culminando num telefonema injustificado que serve só para fazer jus a tensão quase sexual criada pela investigadora e o assassino desde o início do episódio. Surgindo mais atrapalhado do que nunca, o serial killer protagoniza momentos irrisórios que poderiam até funcionar com um bom ator, mas vão por água abaixo nesse mar de clichês mal empregados.

The Fall

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Ep 4: Há uma tentativa clara de tentar tornar complexo a personagem do assassino, com uma carta que ele manda para a família da vítima e com alguns detalhes pessoais que envolvem o seu passado.

Tem inclusive um momento em que é contestado no trabalho, que beira a estranheza, mas que com certeza seria mais curioso e efetivo se tivesse um intérprete mais habilidoso. Gibson já é interpretada com mais desenvoltura e agora as coisas não soam mais tão clichê quanto antes. Mas incomoda ver um assassino serial tão cuidadoso agir de maneira tão desajeitada ao final do episódio, unicamente por uma necessidade criada pelo roteiro.

Alguns Seriados: The Fall

Ep 2: O seriado passa a se concentrar a um tema: mulheres. A maneira como são tratadas por uma sociedade machista, como reagem, como pensam e como sofrem. Gibson ainda é um homem em corpo de mulher, algo que deve ser melhorado adiante.

Todos os personagens ainda são arquétipos, com exceção da policial que se denuncia, reservando um momento complexo em que ela vê o corpo da vítima do assassinato que ela poderia ter evitado. A direção é precisa, a paleta de cores é apropriada, predominantemente cinzenta. Tem recursos de roteiro inverossímeis como a personagem assassinada que não pinta as unhas, unicamente para que os investigadores possam perceber que suas unhas foram pintadas, detalhe bobo, que não influencia muito na investigação, mas que com certeza poderá ser usado mais adiante, mas ainda fica o incômodo: uma mulher daquelas, que tem até um vibrador dentro de casa, não tem um esmalte? Sequer pinta as unhas? Só porque o roteiro precisa.

Outro ponto curioso é a esposa que deixa seu marido sozinho com uma menina de 15 anos com cara de quem está prestes a fazer besteira. E, obviamente, faz. Só porque o roteiro precisa.

Apesar de algumas artificialidades e clichês do gênero, este segundo episódio é bem superior ao primeiro e justifica acompanhar a série com atenção.